quarta-feira, dezembro 20, 2006

R.S.V.P

Não há moral, projetos e objetos que façam-me conhecer
O movimento é em espiral
O convite, é pessoal e intransferível
Respondéz S'il Vous Plait

sexta-feira, agosto 18, 2006

O Pacto Social e a Consciência de Classe

Saudações ao Estado brasileiro!! Este conseguiu o tão almejado despertar da consciência de classe, o despertar da ação mobilizada a partir da reflexão sobre a condição classista. O que partidários e sindicalistas tentam realizar há muito tempo, nossos moribundos presídios dão sinais de já terem alcançado: provocar a solidariedade dos dominados dispondo-os para a ação contestatória. Ainda que não queira, o Pacto Social é sim o pai do PCC.

segunda-feira, março 20, 2006

O sonho e o manifesto

Em um debate entre eu e mim mesmo acerca do texto Manifesto... , assumi a necessidade de se discutir a relação. Na tentativa de dar mais sentido às idéias, fui obrigado a discordar de forma mais explícita, de que aqueles que planejam com concretude também sonham.

O sonho strictu sensu não pode ser negociado ou adquirido, ou se estabelecer de maneira passiva. Com a inércia e o vazio que preenchem o indivíduo que apalpa, olha, testa, pergunta o preço e compra, realiza-se mais uma transação do que a concepção de uma idéia em-si, tal qual o sonho. A atividade não é uma tarefa fácil, mas é a única coisa que pode nos diferenciar de um cãozinho que, meigo, vive para se alimentar e reproduzir. Tentando não ser assim, a relação, cheia de dramas, continua por aí. Vejamos o que fazer.




quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Manifesto ao planejamento efêmero

Por que insistimos em fazer projetos para uma vida toda, quando sabemos muito bem sobre a dinamicidade de nossas experiências? A incerteza inevitável, a imprevisibilidade e até mesmo a probabilidade não estão ao nosso favor na planificação cotidiana do cotidiano que está por vir. Não podemos dizer que a maioria das coisas que irão acontecer em nossas vidas de fato ocorrerão, mas então, por quê tentar prever? Nos propomos a seguir uma carreira, mas sabemos que este plano pode se modificar. Amamos o amante que planeja e somos amados nas nossas expectativas que dão um sentido do/ao amor, mas para quê?
Àqueles que planejam e são realistas, àqueles que planejam e não desejam a hipocrisia, resta a ética da ilusão que enquanto superficialidade fala sobre o conteúdo. A estes não resta pouco. Resta o planejamento de uma vida para o todo, repleta de sentimentos, medo, insegurança, raiva ou amor. Ter uma família para toda a vida ou amor para sempre é sentir o momento efêmero, é, sim, viver. E que a ética humana seja a ética da humanização. Àqueles que planejam com a concretude que não dá espaço ao sonho e ao aprendizado concorrente ao sonho, só restam os meios na relação com a materialidade. Pobres destes que vivem uma ilusão empobrecida.

Dois caminhos para a essência / Sobre meios e fins

Nada como o hábito da convivência para poder-se abstrair os obstáculos da superficialidade que são habituais a todos.
Nada como os momentos efêmeros e intensos que conseguem desde já ignorar a superficialidade ao se chegar ao que interessa à alma.